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Gravador dentro da mochila registra professora no DF xingando alunos

sexta-feira, 1 de novembro de 2013
 
Um gravador colocado na mochila de uma menina de 2 anos registrou ameaças e agressões verbais feitas a alunos por funcionárias de uma escola particular da QR 412 de Samambaia Norte, região do Distrito Federal a 25 km do centro de Brasília.
O pai da estudante diz que resolveu investigar o que estava ocorrendo e colocar o aparelho na mochila da menina depois que notou que comportamento da filha estava diferente.

O consultor técnico Leandro Jonathan Neiva diz que estava estranhando o fato de a criança se recusar a ir ao colégio e chorar toda vez que falava sobre a escola.

Ele escondeu o gravador dentro da mochila da filha, medida que resultou em quase quatro horas de gravação. Pelo áudio, não é possível identificar quem está falando, se a professora ou a monitora. Na transcrição das conversas, ambas são identificadas como "funcionária".

Logo no início da gravação, ouve-se uma ameaça.

Funcionária: Quem "quer" fazer xixi aí vai logo no banheiro porque se "fazer" xixi na roupa eu vou picar o pingulim e a piriquita.

Durante uma atividade em sala, uma funcionária diz que as sementes utilizadas na tarefa pelos alunos seriam fezes.

Criança: Tia, o que é isso?
Funcionária: Cocô.
Outra pessoa corrige.
Funcionária: Semente.
Mesmo assim, a outra funcionária insiste.
Funcionária: É cocô. Cocô que sai da sua b...
Em outro momento, mais agressão verbal.
Funcionária: Seu horroroso. Triste você.
As funcionárias ironizam o fato de um aluno ter esquecido o lanche.
Funcionária: E ele aqui não come nada, não?
Funcionária: Esqueceu o lanche dele (risos). Ele fica olhando pro teto" (risos). Coitado do bichinho (risos).
Uma das funcionárias reclama do trabalho que faz.
Funcionária: Ai, Deus meu, eu mereço. Eu devo ter jogado pedra na cruz pra merecer essa benção.

O pai denunciou o caso à direção da escola. A professora, de 47 anos, que é pós-graduada em educação infantil, e a monitora, de 20 anos, foram demitidas.

O diretor da escola, Westerlington Vieira, diz que as funcionárias estavam há menos de um ano na escola. Afirma que começou a instalar câmeras e contratou psicólogas para o processo de contratação de professores.

O pai da aluna registrou o caso delegacia e no Conselho Tutelar. A Secretaria de Educação do DF informou em nota que não recebeu nenhuma denúncia contra a escola, mas que vai apurar o que aconteceu.

O Conselho Tutelar de Samambaia Norte informou que ambas as funcionárias feriram o Estatuto da Criança e do Adolescente porque submeteram os alunos a constrangimento e situação vexatória, o que constitui crime.

O conselho informou ainda que encaminhou pedido ao Centro de Orientação Médico Psicopedagógica, órgão da Secretaria de Saúde do DF, para que a aluna receba acompanhamento psicológico. O tratamento ainda não começou e a consulta ainda será realizada.

Fonte: www.portalaz.com.br