Na sessão da Câmara realizada na última terça (25/11), foi colocado em votação nominal dos vereadores para seguir ou reprovar o parecer do TCE sobre a prestação de contas da gestão de Raimundo Louro no exercício 2010.
No parecer emitido pelo TCE, foi decidido por unanimidade a reprovação da prestação de contas do exercício 2010, na responsabilidade de Raimundo Vieira de Brito, no relatório consta diversas irregularidades realizadas naquela administração, as principais são:
- Ausência de peças na prestação de contas;
- Déficit orçamentário de execução;
- Divergência entre valores de receita e despesa;
- Déficit financeiro de R$ 6.903.489,87;
- Déficit patrimonial de R$ 4.204.788,80;
- Confronto entre dívidas e disponibilidade financeira.
Surpreendentemente os vereadores de oposição, Milton Melo, Eduardo Lima e João Alberto, não reconheceram estas irregularidades no relatório emitido pelo TCE e reprovaram o parecer, que já havia sido julgado pelo respeitado órgão estadual resultando em reprovação unânime.
Os vereadores citados faziam parte do grupo político de Raimundo Louro na conturbada administração desnivelada, hoje são representantes eleitos pelo povo, deveriam zelar pelo patrimônio público, como não reconhecer tantas irregularidades?
O vereador "Nonato da Cerâmica" que também é do grupo do ex-prefeito, se absteve da votação e não quis se comprometer diante do parecer do TCE.
O vereador Milton Melo concedeu entrevista a nossa equipe de reportagem e em poucas palavras tentou justificar de forma não convincente o seu voto de reprovação, alegou que o TCE reprovou por erros contábeis. O erro ficou na casa de mais de R$ 11 milhões de reais somente no ano de 2010? O erro de contabilização citado pelo vereador, teria causado um vício insanável nas contas municipais.
Mesmo com os votos de reprovação do parecer do TCE, os vereadores de oposição não foram maioria e por fim venceu o bom senso, a maior parte aprovou o parecer e condenou a prestação de contas da administração no exercício de 2010 de Raimundo Louro, lembrando que ainda faltam ser julgadas as prestações de 2011 e 2012.
Assista a votação e as entrevistas