Existem
quatro tipos de cálculos renais, sendo que um se diferencia do outro no que diz
respeito à sua formação e principais características. Os tipos de pedras no rim
existentes são:
Cálculos
de cálcio
São
os mais comuns. Ocorrem mais frequentemente em homens do que em mulheres e
aparecem e aparecem no geral entre 20 e 30 anos. Tendem a reaparecer após
tratamento. O cálcio pode combinar-se com outras substâncias, como o oxalato, o
fosfato ou o carbonato para formar a pedra. Algumas doenças do intestino
delgado, dietas ricas em vitamina D e distúrbios metabólicos aumentam o risco
de formação dos cálculos de oxalato e cálcio.
Cálculos
de cistina
Estes
podem aparecer em pessoas que têm cistinúria, uma doença renal hereditária e
que afeta tanto homens quanto mulheres.
Cálculos
de estruvita
Encontrados
principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Essas pedras podem
crescer muito e bloquear o rim, o ureter ou a bexiga.
Cálculos
de ácido úrico
Acontecem
com pessoas que perdem muito líquido, que não é recuperado com hidratação. São
mais frequentes em homens do que em mulheres. Podem, ainda, ocorrer juntamente
com dietas ricas em proteína, gota ou quimioterapia. Fatores genéticos também
podem contribuir para o surgimento de pedras no rim deste tipo.
Outros
tipos de pedras também podem ser formados, mas são muito raros.
Causas
As
pedras nos rins são formadas quando a urina apresenta quantidades maiores que o
normal de determinadas substâncias, como cálcio, oxalato e ácido úrico. Essas
substâncias podem se aglutinar e formar pequenos cristais – que, depois, se
transformarão em pedras.
Alguns
fatores são considerados de risco, pois contribuem para o surgimento do cálculo
renal.
Histórico familiar: se alguém da sua família já teve pedras nos rins, as
chances de você desenvolvêlas também são maiores. Agora, se você já apresentou
a doença alguma vez, as chances de você desenvolver mais uma vez também são
altas
Adultos acima dos 40 anos são mais propensos a desenvolver pedras nos rins do
que pessoas mais jovens. No entanto, o problema pode ocorrer em qualquer idade
Homens são mais suscetíveis aos cálculos renais do que mulheres
Deixar de beber a quantidade de água
indicada todos os dias aumenta os riscos
de desenvolver pedras nos rins. Neste sentido, pessoas que vivem em regiões
quentes ou que suem muito estão dentro do grupo de risco
Dietas ricas em proteína, sódio (sal) ou açúcar também são consideradas fatores
de risco. A presença exacerbada de sal na dieta aumenta a quantidade de cálcio
que os rins deverão filtrar, o que consequentemente leva a um risco maior do
surgimento de cálculos renais
Pessoas com obesidade também possuem maior risco de apresentar pedras nos
rins
Doenças do trato digestivo, como inflamação gastrointestinal e diarreia crônica,
e cirurgias, como a de bypass gástrico, podem causar mudanças no processo de
digestão que afetam diretamente na absorção de cálcio e água, aumentando as
chances de formação de substâncias capazes de levar à formação de pedras
Outras
doenças, como acidose, lesões renais tubulares, cistinúria, hiperparatireoidismo,
doenças no trato urinário e alguns medicamentos também podem aumentar os riscos
de cálculo renal.
Sintomas de Cálculo renal
Uma
ou mais pedras no rim podem não apresentar sintomas no início. Quando elas
começam a se movimentar dentro do rim ou de outros órgãos do trato urinário é
que a dor começa. Confira os principais sinais do problema:
* Dores
intensas e que se espalham pela região abdominal;
* Dores
que vêm e vão, variando de intensidade;
* Dor
ao urinar;
* Urina
com sangue, avermelhada, amarronzada ou rosada;
* Urina
com cor anormal, geralmente escura e mal cheirosa;
* Náusea
e vômito;
* Necessidade
persistente de urinar, levando a pessoa ao banheiro muitas vezes ao dia;
* Febre
e calafrios, em caso de infecção.
Tratamento
Para
tratar cálculo renal, é preciso primeiro identificar o tipo, a causa e o
tamanho da pedra.
Cálculo
renal: pedras acima de 6 mm necessitam de cirurgia.
Quando
as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não
precisará passar por procedimentos muito invasivos. Nesses casos, o médico
poderá indicar algumas medidas que ajudam na recuperação:
* Beber
muita água (de dois a três litros por dia) ajuda a eliminar as pedras por meio
da urina;
* Analgésicos
para a dor provocada pelo cálculo renal também são uma opção;
No
entanto, quando as pedras são grandes e causam sintomas mais fortes ao
paciente, o tratamento deve ser diferenciado. Pedras maiores não podem ser
expelidas sozinhas, podem causar sangramentos, danos mais graves aos rins e
infecções no trato urinário. Para esses casos, procedimentos mais invasivos
devem ser utilizados, a exemplo de:
* Litotripsia
extracorpórea por ondas de choque eletrohidráulicas. Esse tipo de tratamento
consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e facilitar a
excreção
* Traqueostomia
percutânea: consiste na retirada cirúrgica de pedras maiores por meio de um
pequeno corte feito nas costas do paciente
* Ureteroscopia.
O médico inserirá um tubo muito fino por meio da uretra do paciente para
retirar as pedras presentes no trato urinário
* Cirurgia
de glândulas paratireoides. Uma alteração nas glândulas paratireoides,
localizada próxima à tireoide, faz com que ela aumente os níveis de cálcio no
corpo, podendo causar pedras no rim. Uma cirurgia nessas glândulas pode ser a
solução para regular a produção do hormônio.
Fonte:www.minhavida.com.br
Edição:Djivalda Nóbrega