Corrimento vaginal é um problema que incomoda muitas
mulheres. Trata-se do nome popular para o aumento da secreção vaginal, que pode
ou não ser o indício de um problema ginecológico.
Primeiro, é preciso ter em mente que nem todo fluxo vaginal
implica em uma doença. A secreção fisiológica é normal e pode variar de acordo
com as influências hormonais, período do ciclo menstrual, orgânicas e até
psicológicas. As glândulas do colo do útero produzem um muco transparente,
fluido e sem cheiro, e estas secreções podem se tornar brancas ou amareladas em
contato com o ar.
Mas, se você percebeu alguma alteração na cor da secreção
normal, este pode ser o indício de um problema ginecológico. Quando algum fator
está em desequilíbrio, é comum ocorrerem processos inflamatórios, e o
corrimento indica que há um processo infeccioso no local.
Em geral, o corrimento vaginal amarelado aparece associado a
outros sintomas, como coceira, ardor e sensação de desconforto. Se você
perceber alguma alteração ou a presença destes sintomas, é importante procurar
ajuda médica.
Causas do corrimento
A Dra. Alessandra Bedin, do Hospital Albert Einstein explica
que, se o corrimento for fisiológico (no período pré-menstrual, gravidez, clima
quente), a secreção nada mais é do que uma defesa natural do organismo, por
isso não precisa de tratamento.
Há ainda a possibilidade de um trauma local (após a relação
sexual, por exemplo). Neste caso, a necessidade de tratamento varia de acordo
com o caso. Como cada situação é particular, é imprescindível consultar um
médico ginecologista sempre que perceber qualquer alteração, seja na cor,
cheiro ou fluxo de secreção vaginal.
Se o problema for realmente patológico, várias podem ser as
causas: transmissão através da relação sexual, baixa imunidade, roupas
apertadas e falta de ventilação no local, entre outros fatores.
Problemas mais comuns
No caso do corrimento amarelado, entre os problemas mais
comuns estão a vaginose bacteriana. Trata-se de um desequilíbrio na flora
vaginal normal, com diminuição na concentração de lactobacilos e predomínio de
uma espécie de bactéria sobre as outras.
O problema nem sempre apresenta
sintomas, mas em geral é caracterizado por corrimento vaginal amarelado, branco
ou cinza com odor desagradável, ardência ao urinar e coceira. Não se trata de
uma infecção de transmissão sexual, mas pode ser desencadeada após a relação em
mulheres predispostas.
Outra causa bastante comum do corrimento amarelado é a
Tricomoníase, uma infecção causada por um protozoário que tem o ser humano como
único hospedeiro. Nos homens, o problema costuma ser assintomático, enquanto nas
mulheres geralmente causa corrimento abundante amarelo ou amarelo-esverdeado,
com odor desagradável. São comuns também sintomas inflamatórios na vagina, como
vermelhidão e ardência. Sua transmissão acontece através da relação sexual
desprotegida.
Por fim, a candidíase vulvovaginal é outro problema bastante
comum que pode apresentar corrimento amarelado ou esbranquiçado. A doença é uma
infecção genital causada pelo aumento de um fungo que faz parte da flora normal
da região íntima feminina. Os sintomas geralmente aparecem quando a imunidade
baixa e, além do corrimento, entre os sintomas estão o coceira intensa,
ardência e irritação dos órgãos genitais.
Como evitar o problema
* Evite roupas muito justas e grossas no calor.
* Dê preferência às calcinhas de algodão em vez das de tecido
sintético.
* Durma sem calcinha.
* Evite usar muito sabonete no local.
* Não faça duchas vaginais.
* E o mais importante: sempre use camisinha.
Tratamento
Se, mesmo com as medidas preventivas o corrimento amarelado
aparecer, consulte seu médico. Como o problema pode surgir por diferentes
motivos, é impossível precisar o tratamento adequado sem um diagnóstico médico.
Entre as formas mais comuns de tratamento estão medicações
orais, cremes e pomadas antifúngicos e antibióticos. As doses e remédios são
específicos para cada tipo de problema.
Fonte:www.dicasdemulher.com