Os
médicos do estado do Piauí não estão cumprindo com o procedimento exigido por
lei que estabelece a transferência de pacientes por meio da Central de
Regulação de Leitos. Pacientes do interior do estado, encaminhados ao Hospital
de Urgência de Teresina (HUT), estão retornando ao município de origem sem
atendimento. O problema, segundo a diretoria do hospital, acontece por falta do
documento com registro numérico emitido no procedimento de cadastro na Central,
o que garantiria a instalação do paciente em um leito na unidade de saúde.
Por
dia, aproximadamente 26 pacientes chegam do interior do estado no pronto
socorro sem o documento. Pela falta do registro na Central, o aposentado de 72
anos, João Gonçalves Paixão, que em dezembro do ano passado foi encaminhado
para o HUT com um problema na mão e passou três horas na porta do hospital sem
atendimento, morreu dois dias quando foi encaminhado de volta ao município de
origem.
Revoltada,
a irmã lamentou a perda do irmão. “Ele chegou em Pedro II, atenderam ele,
fizeram uma cirurgia sem sucesso e depois tiveram que amputar o braço dele.
Dois dias depois ele morreu. Perdi meu irmão porque nenhum médico no HUT não
agiu”, disse a irmã.
O
documento com a senha só é gerado após um contato feito entre o médico do hospital
do município de origem do paciente e a Central de Regulação de Leitos. De
acordo com a coordenadora da Central de Leitos, Luciene Formiga, o médico
informa à Central a situação do paciente, emite o número de registro e o
documento necessário para o encaminhamento adequado do paciente. Ainda segundo
ela, o procedimento é rápido e dura apenas cinco minutos.
Segundo
o diretor do Hospital de Urgência de Teresina, Gilberto Albuquerque, o problema
de o hospital não receber pacientes sem a documentação e o registro da Central
de Regulação de Leitos, se refere ao não cumprimento das normas exigidas em lei
por parte dos médicos.
“Antes de implantar a regulação de leito no Piauí, nós fizemos esse trabalho durante quatro meses dando informações aos hospitais, aos diretores, médicos clínicos e toda a equipe, enviando normas direto para o conselho de medicina e ministério da saúde para que todos tivessem conhecimento sobre os procedimentos necessários e infelizmente nossos colegas de trabalho não cumprem com o recomendado”, disse o diretor.
“Antes de implantar a regulação de leito no Piauí, nós fizemos esse trabalho durante quatro meses dando informações aos hospitais, aos diretores, médicos clínicos e toda a equipe, enviando normas direto para o conselho de medicina e ministério da saúde para que todos tivessem conhecimento sobre os procedimentos necessários e infelizmente nossos colegas de trabalho não cumprem com o recomendado”, disse o diretor.
Fonte.www.g1.com