É,
época preferida por dez entre dez solteiros quando o assunto é conhecer e se
relacionar com pessoas novas. Mas você sabe se dar aquele beijo despretensioso
em alguém que se acabou de conhecer ou mesmo dividir uma garrafa de cerveja com
ele não é algo totalmente inofensivo?
Muitas
doenças são transmitidas pela saliva, o que faz com que situações como esta
possam sem classificadas como de risco em relação à contaminação com vírus e
bactérias. Descubra agora o que você pode pegar — ou passar para alguém —
durante a folia desta semana.
O
médico Ralcyion Teixeira, infectologista supervisor do pronto-socorro do
hospital Emílio Ribas, em São Paulo, explica que as doenças mais comuns em
épocas como o Carnaval são a mononucleose, também conhecida como "a doença do beijo", e o
citomegalovírus.
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Elas causam febre, dor de garganta e vermelhidão. Geralmente os sintomas se
manifestam de uma a duas semanas depois do contato.
Além
delas, Teixeira também chama a atenção para o herpes simples. No entanto,
segundo ele, o vírus só é transmitido se a pessoa infectada estiver com alguma
lesão ativa ou úlcera — o que significa que, se aquele parceiro ou parceira em
potencial estiver com alguma ferida nos lábios ou dentro da boca, você
contrairá a doença durante o beijo.
Uma
dúvida muito comum é sobre a possibilidade de transmissão do HIV por meio do
beijo. Por isso, o infectologista faz questão de reforçar que não, o vírus não
passa de uma pessoa para a outra por meio deste tipo de contato.
Pedir
para dar um "golinho" na bebida de alguém durante o Carnaval pode ser
perigoso. Isso porque, caso o dono do drinque tenha alguma doença, ela estará
presente na saliva que inevitavelmente se mistura ao líquido.
Se a pessoa tiver, por exemplo, sarampo, gripe, catapora, caxumba ou
coqueluche, quem tomar do mesmo copo vai se contaminar. E isso acontece mesmo
que se esteja na fase de encubação, quando a pessoa está infectada, mas sem
manifestar os sintomas. Ainda assim, ela já está transmitindo.
Com o cigarro acontece algo parecido. Ao fumar, a pessoa acaba molhando o filtro com saliva, o que já é suficiente para viabilizar a transmissão de doenças.
—
O contágio depende muito da quantidade de saliva envolvida. Como copos e
cigarros têm mais quantidade de saliva, eles acabam também tendo uma quantidade
maior de vírus.
Já
dividir o batom com a amiga ou mesmo com alguma desconhecida em meio à folia
não é tão arriscado assim, justamente porque o cosmético só tem contato com os
lábios, e assim fica mais difícil que a troca de vírus e bactérias aconteça.
Celso
Granato, livre docente da Unifesp e infectologista do Fleury Medicina e Saúde,
lembra que, em épocas como esta, muitas vezes o sexo oral é praticado sem os devidos
cuidados.
—
Normalmente as preliminares não levam proteção, são só para esquentar, então as
pessoas não se importam muito com isso. No entanto, elas transmitem as mesas
doenças do que a penetração sem prevenção. É preciso prevenção. A camisinha
deve ser usada, tanto para proteger o órgão genital quanto a boca de doenças
transmissíveis. As camisinhas masculina e feminina são de extrema importância
para a prevenção, principalmente no sexo casual, quando não se conhece o
parceiro.
Granato
explica que, no sexo oral sem proteção, podem ser transmitidos herpes, sífilis,
clamídia e HPV, por exemplo.
O
infectologista Ralcyion Teixeira explica que uma boa prevenção de doenças na
boca envolve alguns cuidados básicos, como ir ao dentista e fazer a higiene
adequada de duas a três vezes ao dia.
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Além disso, é imprescindível evitar contato por meio do beijo com pessoas
infectadas pelo herpes durante o período de lesão ativa.
Caso
o contato com alguém doente já tenha acontecido, não adianta muito correr para
escovar os dentes, nem mesmo bochechar. Exceto no caso da catapora, quando
ainda é possível tomar a vacina contra o vírus para evitar sua manifestação ou,
pelo menos, garantir uma forma mais branda da doença, não há muito o que fazer,
porque a transmissão já terá acontecido. Mas, ainda assim, o infectologista
explica que pode haver uma esperança.
— Mesmo se a pessoa teve o contato, isso não significa necessariamente que ela vai adoecer. É preciso que o vírus invada todo o organismo, e então a doença se manifesta. Por isso, é importante observar os sintomas e, em caso de qualquer mudança, procurar a orientação de um médico.
— Mesmo se a pessoa teve o contato, isso não significa necessariamente que ela vai adoecer. É preciso que o vírus invada todo o organismo, e então a doença se manifesta. Por isso, é importante observar os sintomas e, em caso de qualquer mudança, procurar a orientação de um médico.
Fonte:www.r7.com