O cenário de violência generalizada no Piauí preocupa tanto a
população quanto as autoridades. Crimes envolvendo homicídios não são raros em
todo o Estado. Há pouco mais de uma semana, morria o soldado Francisco das
Chagas, que trabalhava na segurança do filho do governador Wellington Dias
(PT), Vinícius Dias. O acontecimento evidencia o alcance da violência, que faz
vítimas em todos os setores e níveis da sociedade. Somado a esse cenário, o
balanço do Meta 2, divulgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP), mostra o Piauí na última posição em finalização de inquéritos dolosos
durante a terceira fase do programa.
A Meta 2 faz parte da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) lançada pelo CNMP, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Ministério da Justiça (MJ), que mobilizou ações para a conclusão de todos os inquéritos policiais instaurados até os anos de 2007, 2008 e 2009.
Os dados divulgados em dezembro de 2014 mostram que o Piauí conseguiu cumprir as metas estabelecidas para os dois primeiros anos, no entanto, na última fase, foi o único Estado a dar resolutividade zero aos inquéritos.
Segundo o inqueritômetro, espaço criado para monitorar o andamento da Meta 2, o Piauí conseguiu finalizar 220 inquéritos, entre encaminhamentos de denúncias, arquivamentos e desclassificações, até os anos de 2007 e 2008. Porém, na terceira fase, que consistia na conclusão dos inquéritos instaurados até dezembro de 2009, com finalização planejada até o final de 2014, o Piauí apresentou 0% de resolutividade, mantendo os mesmos 39 inquéritos do estoque inicial.
Como exemplo positivo no Nordeste, o Estado de Pernambuco lidera em resolutividade, bem como o Paraná, localizado na região Sul do país, ambos apresentam um índice de resolutividade de cerca de 90% dos processos.
De acordo com informações divulgadas pela Enasp, para o ano de 2015, o objetivo é atuar junto aos estados que não atingiram a meta para diagnosticar as causas da demora na conclusão dos inquéritos policiais, como também, na medida de suas atribuições, auxiliar para que os objetivos totais sejam alcançados.
Fonte: www.portalodia.com
Falência no modelo da
segurança pública do Piauí
Todo o planejamento de segurança pública dos últimos anos foi
realizado pelo homem que esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública do
Estado por mais tempo. Ex-superintendente da Polícia Federal e deputado
estadual, Robert Rios Magalhães foi o secretario que mais tempo ocupou a pasta
da segurança.
Depois de deixar a Segurança Pública para concorrer à reeleição como deputado estadual - mesmo tendo responsabilidade direta sobre o controle do aumento da violência no Piauí - não são raros os momentos que Robert Rios, como deputado estadual, ocupa a tribuna da Assembleia Legislativa para discursar sobre a segurança pública, sempre apontando o dedo para alguém quando o assunto é o aumento da violência. Robert só esqueceu de dizer que teve quase uma década para alterar a realidade da segurança pública que, na sua gestão, só piorou, como mostram os números dos Anuários Nacional de Segurança Pública.
Fonte: www.capitalteresina.com.br