Sair ou entrar em Teresina pela BR-343 já era complicado. Depois que uma parte da rodovia desabou semana passada, a vida de quem mora na região ou precisa transitar por ela virou algo parecido a uma via crucis. O incidente ocorreu na altura do condomínio Mirante do Lago (Zona Leste, divisa com Zona Sudeste) após alagamento.
Mais de 60 mil pessoas são prejudicadas diariamente com a interdição da rodovia. A BR-343 atualmente é o acesso mais movimentado da capital do Piauí. São teresinenses, moradores da grande Teresina e viajantes que precisam apenas passar pela capital que têm padecido com o aumento considerável (em distância e tempo) das viagens pelos desvios da 343 interditada para obras.
Quem mora nas vizinhas Altos, Campo Maior, Alto Longá e José de Freitas está demorando o dobro de tempo para chegar e sair de suas cidades. Quem vem de outros municípios do Norte do Piauí demora até meia hora a mais para chegar ou sair de Teresina. Nos horários de pico o tempo dobra.
Diariamente mais de 10 mil pessoas das cidades da Grande Teresina deslocam-se para a capital, alguns fazem o trajeto inverso. São estudantes, trabalhadores e pacientes médicos da Grande Teresina que precisam passar diariamente pela BR-343.
Outras 50 mil pessoas prejudicadas são bairros da região do grande Planalto Uruguai, do grande Alto da Ressurreição e adjacências urbanas e, principalmente, rurais, que também precisam fazer deslocamentos para a região central da capital.
O trecho que cedeu é de pouco mais de 50 metros. Mas, devido não haver desvios próximos (o lugar fica em uma baixada) termina por obrigar os motoristas a trafegarem por quase dez vezes mais extensão e por quase 15 vezes mais tempo do que simplesmente passar pelos antigos 1.700 metros que dividem os balões da Ladeira do Uruguai e da entrada da Estrada da Usina Santana (trechos da BR-343 atualmente interditados para a obra).
Em muitos casos uma viagem dos bairros que circulam o trecho e das cidades vizinhas triplicou temporalmente, sem falar no desconforto para quem precisa de transporte público.
Quem precisa fazer o trajeto diariamente é um martírio, afetando diretamente em qualidade de vida.
A reportagem foi conferir como estão as obras do trecho interditado e entender um pouco de como está o trânsito em horário de pico. Viu uma obra que demorará muitos dias para estar pronta, um trânsito caótico (impulsionado pela falta básica de informação) e muitas reclamações, além do risco de assaltos nas regiões de desvio.
Fonte: www.oolho.com.br