Um adulto ganha, em média, 10 pintas novas por ano, diz a
dermatologista Samantha Enande. Segundo a especialista, a maioria delas é
inofensiva, mas, ainda assim, requer controle. O autoexame das manchas pode ser
feito em casa para evitar o desenvolvimento de doenças mais graves, como o
melanoma - mas ele não dispensa a visita de rotina ao médico.
Melanoma: o que é?
Chamado também de câncer de pele, o melanoma tem como origem
as pintas na pele. Embora não sejam todas as regiões pigmentadas que se
transformam em câncer, aquelas modificadas podem atingir camadas mais profundas
e aumentar o risco de metástase – quando a doença se propagada e atingi outros
órgãos.
Estar atento ao aparecimento de novas manchas e analisar
suas características é o melhor caminho para a prevenção do câncer de pele.
“Nós podemos usar a regra básica na dermatologia em casa,
para analisar as manchas na pele”, diz a especialista. Chamados de ABCD, os
macetes analisam tamanho, cor e simetria das marcas. Dependendo do resultado, é
necessário procurar um médico para uma melhor análise. “O diagnóstico é mais
preciso no consultório, com o dermatoscópio, que aumenta a imagem em 400 vezes,
mas o paciente pode começar a observação em casa”, recomenda.
Tenho manchas na pele: o que pode ser?
O autoexame pode ser feito em casa, contudo que seja em um
local iluminado e com ajuda de um espelho ou de outra pessoa.
Assimetria: A
O primeiro aspecto a ser analisado é a simetria da mancha.
Para isso, a dermatologista usa o exemplo de uma pizza. “É preciso dividir
imaginativamente uma pizza em quatro – direita, esquerda, em cima e em baixo.
Se em um dos quadrantes ela estiver muito assimétrica, então o paciente deve
procurar ajuda médica”, indica.
Borda: B
Segundo Samantha, a borda deve ser contínua, como um
contorno.
Coloração: C
“A cor tem que ser uma só. Se tiver vários tons de marrom,
preto ou azul-marinho, o quadro merece atenção especial”, orienta a médica.
Diâmetro: D
O tamanho também é um fator importante na análise. “Se o
paciente percebeu que ela cresceu muito rápido, principalmente no rosto, no
nariz, há grandes chances de ser câncer de pele, pois estas são as regiões que
recebem mais sol e, em 98% dos casos, o câncer é causado pelo sol.”, explica a
médica.
Manchas com mais de 6 mm também devem ser investigadas.
Outros sintomas
Além da observação pelo aspecto, manchas ou pintas que
coçam, doem, inflamam ou sangram devem ser analisadas por um dermatologista.
Câncer de pele: causas
Quanto mais rápido for identificado o melanoma, maiores são
as chances de cura. Mas, assim como para outras doenças, o melhor caminho é a
prevenção.
Como o principal fator do desenvolvimento da doença é a
exposição solar, que altera a reprodução celular, é essencial que os cuidados
sejam neste sentido. “A primeira coisa é usar o filtro solar a partir dos
quatro anos de idade. Tem que passar todos os dias, inclusive no inverno e em
dias nublados. O protetor solar é de uso diário, assim como escovar os dentes,
e deve ser passado de duas a três vezes ao dia, com reaplicação a cada três
horas”, reforça Samantha.
Fonte: Bolsa de Mulher