Na última sessão realizada nesta terça-feira (27/10), os vereadores de situação e oposição discutiram sobre a segurança pública do Estado, que está afetando vários municípios, principalmente Piracuruca, uma cidade que passou a conviver com o medo, foi abordado também a manifestação que está sendo organizada pela classe empresarial e que vem ganhando uma enorme proporção.
O tema é bastante delicado, muito se fala mas as ações do Governo Estadual não tem dado a resposta esperada pela população, os investimentos não tem sido concretizados e os empresários, comerciantes e os munícipes tem sido vítimas constantes de assaltos, arrombamentos e ameaças.
Na contra-mão desta ação de comoção e apelo social, o vereador oposicionista Milton Melo, que é pré-candidato a prefeito municipal, em seu discurso utilizou do movimento para promoção de proposta de governo, afirmando que com um investimento de R$ 6 mil dos cofres do município, o problema seria solucionado, os assaltos e arrombamentos praticados no município seriam eliminados, a solução para todo o terrorismo que vem vitimando os piracuruquenses é pagar a corporação policial para que ela possa obrar um milagre.
Logo após o vereador João Alberto de maneira franca e coerente se pronunciou sobre o assunto, afirmou que a principal causa de tanta violência é o tráfico e consumo de drogas, apontou a educação como uma maneira de amenizar e chegar em um resultado a longo prazo, associando uma parceria escola-família. Relembrou o assalto a mão armada que sofreu em agosto deste ano, e todo o momento de terror que viveu, na oportunidade deu apoio a manifestação pacífica que está sendo organizada por comerciantes e empresários para sexta-feira (30/10), na av. São Vicente de Paula (BR-343), em frente a escola Hesíchia de Sousa Brito às 17h, onde irão interditar a via para protestar contra a segurança pública oferecida pelo Estado, após esta ação os manifestantes irão se direcionar para a frente do Fórum, na av. Landri Saltes.
O vereador Pedro Lima ao utilizar a tribuna, lamentou profundamente as ações criminosas que vem ocorrendo no município, compartilhou do pronunciamento do vereador João Alberto sério e adequado para o momento, e fez duras críticas ao discurso do parlamentar Milton, "Dizer que é atribuição do município a segurança pública é de uma total irresponsabilidade, é querer fazer palanque político, é querer aparecer, nós temos que ter consciência e buscar soluções concretas e viáveis para este problema em Piracuruca, e não achar que R$ 6 mil reais irá comprar o sossego dos moradores, é a terceira vez que o vereador Milton vem se utilizar de uma comoção popular para querer se promover, vir até esta casa com um discurso vago, de quem não sabe fazer oposição, porque estava acostumando nas tendas da prefeitura", disse o vereador Pedro Lima, que relembrou assuntos discutidos na reunião do Conselho Municipal de Segurança Pública, onde foi argumentado os vários casos onde a polícia realizava as prisões e em poucos dias a justiça emitia o alvará de soltura, por falta de condições mínimas de trabalho, desta maneira impossibilitando o cumprimento dos prazos legais, e decretou "o judiciário no Brasil está falido", foi criado uma comissão que irá quarta-feira (04/11) na Corregedoria de Justiça em Teresina, para que possam disponibilizar um oficial de justiça para o município, onde poderá agilizar o andamento dos trâmites judiciais, assim desafogando o sistema. Na oportunidade o vereador Pedro Lima, sinalou seu apoio a manifestação e acrescentou que durante o movimento fosse coletado a assinatura dos participantes para que servisse de reforço na audiência com a Corregedoria.
Demais vereadores comunicaram o apoio a manifestação, assim como o Presidente da Câmara, vereador Assis "Mãozinha", que parabenizou o parlamentar Pedro Lima pelas palavras, repudiou o pronunciamento de Milton Melo e criticou a inatividade do Governo do Estado e do Secretário de Segurança Pública, "Fomos até o gabinete do governador e do secretário de segurança, falamos com cada um e até hoje nada foi feito, estamos de braços atados, infelizmente nossas reivindicações não estão sendo atendidas, essa manifestação encabeçada pela classe dos comerciantes é louvável, é justa, mas só será verdadeiramente limpa se não houver interesses políticos infiltrados", finalizou Mãozinha.
