O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), unidade vinculada à Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (SEMTCAS), realizou, nesta segunda-feira (30), uma blitz social no centro de Piracuruca. O objetivo da ação é alertar e mobilizar toda a população para o combate ao trabalho infantil. A atividade faz parte das ações estratégicas do Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil.
Raimunda Lima, coordenadora do CREAS, avalia que as parcerias entre os órgãos que atuam na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes são fundamentais para mobilizar todos os piracuruquenses para o enfrentamento ao trabalho infantil. “Mudanças sociais profundas exigem a participação de todos”, acrescenta.
Layane Nayra, psicóloga |
A psicóloga Layane Nayra Carneiro enfatiza que a blitz social encerra as ações propostas no Plano Municipal. “A comunidade precisa ser sensibilizada e estar fortalecida no sentido de não naturalizar este tipo de violação de direitos. A criança que trabalha tem o seu desenvolvimento físico e psicológico comprometido e as perspectivas de futuro se tornam bastante limitadas”, completa a psicóloga.
A ação também reuniu crianças e adolescentes da Unidade Escolar Presidente Castelo Branco para, em conjunto com a equipe de psicólogos, conselheiros tutelares e assistentes sociais, participarem da atividade de conscientização.
Para a conselheira tutelar Germana Santos, o enfrentamento ao trabalho infantil é fundamental no processo de efetivação dos direitos das crianças e adolescentes. “Proteger as crianças e os adolescentes é uma tarefa de toda a sociedade”, completa.
Já para Kátia Patrícia, conselheira tutelar, a ação complementa o trabalho diário realizado pelo conselho. “Temos que cuidar de nossas crianças e adolescentes e garantir que todos tenham acesso à escola, aos serviços de saúde e uma vida tranquila”, comenta.
A assistente social Cristina Freitas explica que o trabalho infantil é um fator de exclusão social e reprodução da pobreza. “A parceria entre governo e sociedade civil no combate a esta forma de exploração é essencial para que as ações promovidas tenham um impacto satisfatório”, orienta.
A advogada Jordana Morais acredita que o combate ao trabalho infantil é um desafio que precisa ser enfrentado de forma coletiva. “A sociedade deve reconhecer a criança e o adolescente como sujeito de direitos e pessoas em condição de desenvolvimento”, afirma.