Os terceirizados da Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa) estão em greve por tempo indeterminado, em razão do não pagamento dos salários referentes aos meses de dezembro e janeiro. Além disso, os trabalhadores estão sem ticket alimentação e vale-transporte. Segundo o sindicato, a paralisação pode ocasionar problemas no abastecimento d'água de todo o Piauí.
Estão paralisados os servidores que trabalham nas áreas de cadastro, limpeza, corte, faturamento e funcionários da estação de tratamento d'água. Somente 30% dos funcionários estão trabalhando, em respeito à legislação. De acordo com informações do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio em Conservação do Estado do Piauí (SEEACEP), o movimento grevista só vai parar após o pagamento dos salários referentes aos meses de dezembro e janeiro.
“Estamos em greve por um conjunto de coisas. Reivindicamos o imediato pagamento de nossos salários, pois estamos há dois meses sem. Também estamos há cinco meses sem ticket alimentação. O vale-transporte também não caiu esse mês. Fora isso, temos trabalhadores que estão há quatro anos sem tirar férias”, conta o sindicalista Luciano José Rodrigues.
Para Luciano José, o abastecimento d'água em todo o Piauí pode ser afetado com a greve. “A grande maioria dos trabalhadores que movimentam o Estado, principalmente os da Agespisa, são terceirizados. Existem funções dentro da Agespisa que sem os terceirizados vão parar, inclusive o fornecimento d'água para a população”, avalia.
Também de braços cruzados, a terceirizada Ana Luiza Sousa explica que boa parte dos funcionários da estação são terceirizados. “Somos maioria em diversos setores, inclusive na estação de tratamento. Não há quadro de funcionários da Agespisa para suprir essas necessidades, então pode ser que falte água no Piauí inteiro”, afirma.
Ao todo, trabalham a serviço da Agespisa 1.578 terceirizados, através de quatro empresas, o que soma na folha de pagamento um valor de R$ 3.822.253,08.
Fonte: www.meionorte.com
