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Vacinas e soros distribuídas pelo SUS estão em falta na rede pública do PI

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Três das 27 vacinas que são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão em falta em toda a rede pública do Piauí, são elas: contra a hepatite B e a antitetânica (DT), que previne o tétano. São vacinas importantes para adultos e principalmente para crianças, porque fazem parte do calendário de vacinação infantil.

Segundo a Coordenação Estadual de Imunização, o Piauí recebia em média 40 mil doses da vacina contra hepatite B e eram aplicadas em todo estado cerca de 30 mil. Mas, desde dezembro de 2015 que a Rede de Frio, em Teresina, local que concentra a distribuição de vacinas no Estado, não recebe a vacina. No mês passado, o repasse das doses de vacinas contra o tétano também paralisou. Ontem foi dia de recebimento de estoque. 87.520 novas doses chegaram, mas não vieram as duas citadas. A antirrábica também pode faltar porque vieram menos doses que o necessário.

A coordenação aponta falhas na produção por parte do Instituto Butantan como causa no desabastecimento. "A gente está passando por um momento difícil com relação as duas vacinas. Quando recebemos as doses das mesmas pela última vez, distribuímos para as regionais e não recebemos mais depois disso. Fica até difícil saber para onde enviar nessa situação, pois todos necessitam. Houve um atraso no laboratório produtor, que não repassou ao Ministério que consequentemente não tem como enviar aos estados", comentou Jurema Chaves, coordenadora estadual de imunização. 

A situação do abastecimento de soro antivenenos no estado também é crítica e sofre com constantes faltas desde 2014. O Piauí solicitou este mês ao governo federal sete tipos de soros, mas só foram enviados três. Não vieram soros contra ataques de alguns tipos de serpentes e aranhas. 

A professora Janaína Leite deu à luz recentemente e está preocupada com a falta de vacinas na rede pública. É que a pequena Maria Clara deve tomar a primeira e a segunda doses da vacina contra hepatite B ainda no primeiro e segundo mês de vida, respectivamente.

"Essas vacinas são imprescindíveis para o crescimento saudável dela. Se o problema não for resolvido nos próximos dias nos postos, terei que recorrer à rede privada e pagar pelas doses", comentou. 

A pessoa que toma a vacina contra Hepatite B fica protegida contra uma doença infecciosa sexualmente transmissível (DST) causada pelo vírus VHB. A principal forma de transmissão do vírus da Hepatite B (VHB) é por via sexual desprotegida, mas podem ocorrer também por agulhas contaminadas, canivetes, tesouras e outros objetos cortantes.

O Ministério da saúde prometeu enviar novos lotes da vacina ainda este mês.


Resposta- Sobre a distribuição de vacinas, a Secretaria de Estado da Saúde informou em nota que: sobre a DTp (tríplice bacteriana) foi restabelecida a entrega, sendo disponibilizado ao Estado 15 mil doses; a Tetraviral - em substituição à tetraviral, a criança recebe como segunda dose a tríplice viral mais a varicela monovalente. Sendo que o estoque da tríplice viral consta mais de 60 mil doses e 5 mil doses de varicela. Raiva: a dose foi disponibilizada em menor quantitativo, mas recebendo mensalmente. Não há falta. Tétano (Dt) - distribuição feita em janeiro para as Regionais de Saúde, das doses recebidas em dezembro. O Estado mantém estoque mínimo. Hepatite B - sem estoque, mas com previsão de regularização ainda no mês de fevereiro. Hepatite A - recebidas 5 mil doses. As vacinas são distribuídas pelo M.S. 

Fonte: www.diariodopovo-pi.com.br