Marcelo Castro confirmou a entrega de sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. Ele disse que a decisão foi anunciada por ele ainda na terça-feira ao ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.
“Entrego minha carta de demissão à presidente Dilma. Informei ao Jaques Wagner. Só ficou eu e a Kátia Abreu (ministra da Agricultura). Todos os outros foram saindo e eu fiquei sozinho. Acabou, então, que fiquei desconfortável”, afirmou Castro.
Marcelo Castro explica que essa situação de estar “desconfortável” diz respeito à sua situação no PMDB. “Fiquei desconfortável em ser o único em descumprir decisão do partido. Parecia que estava confrontando o partido”, argumentou, se referindo à decisão da executiva nacional do partido, tomada no último mês de março, pelo rompimento com o Palácio do Planalto.
Ele ainda não conversou com o vice-presidente Michel Temer, de quem é amigo de longas datas. O piauiense ficou de outubro de 2015 a frente do ministério da Saúde, o segundo maior orçamento da União. Indicado pela bancada do PMDB da Câmara, sua passagem ficou marcada pela campanha forte de erradicação do mosquito Aedes aegypti e suas polemicas declarações. Em uma das vezes a própria Dilma teve que botar panos quentes ao saber que Castro havia dito que o Brasil estava “perdendo feio” para o mosquito. Marcelo, no entanto, se mostrou fiel à presidente em duas situações. Saiu para votar a favor do Governo e declarou o quanto é aliado ao votar NÃO pelo impeachment por considerar que ela não cometeu crime.
Fonte: O Olho