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Ex-detento conclui ensino fundamental através de EJA em penitenciária do PI

segunda-feira, 18 de julho de 2016
Mudar uma vida inteira por meio da educação. Foi o que aconteceu com Durvaltércio Alexandre, de 42 anos. De origem baiana, chegou ao Piauí em uma fase difícil da vida, se envolveu com o crime e acabou cumprindo pena no sistema prisional do estado.

Na Colônia Agrícola Major César Oliveira, Durvaltércio teve os primeiros contatos com a educação regular, se rendeu ao gosto pela leitura, primeiramente movido pelo desejo de ler a bíblia, mas principalmente pela vontade de vencer na vida.

Matriculado na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), dentro da penitenciária, ele concluiu o ensino fundamental. Hoje, fora do sistema prisional, Durvaltércio já está com a documentação em mãos para dar continuidade aos estudos no Centro de Educação de Jovens e Adultos Professora Shirley Costa e Silva (Ceja).

“Foi Deus que me direcionou para os estudos dentro da prisão. Com o estudo, podemos evoluir como pessoa e adquirir uma profissão para vencer na vida. Hoje sou uma pessoa melhor, vou dar continuidade aos estudos para concluir o ensino médio e já vou começar um curso de vigilante”, disse o ex-detento.

Para a diretora da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Seduc (Ueja), Conceição Andrade, a educação deve ter com uma das principais finalidades a inclusão. “Desenvolvemos um trabalho árduo, porém gratificante. Proporcionamos o acesso à educação para as minorias, como detentos, comunidades de quilombo, índios, pessoas com mais de 15 anos, que ainda não concluíram o ensino regular”, explicou Conceição Andrade.

COMBATE AO ANALFABETISMO

Além do acesso ao ensino regular, a educação de jovens e adultos no Piauí desenvolve um papel fundamental no combate ao analfabetismo. Atualmente, o índice de analfabetismo no estado é de 20,2%. Em consonância com o Plano Nacional de Educação, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) trabalha com a meta de reduzir esse número e chegar ao ano de 2025 com 93,5% de piauienses, acima de 15 anos, capaz de ler e escrever.

Dados da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Seduc revelam que, só este ano, já foram efetuadas cerca de 50 mil matriculas nessa modalidade.

Fonte: O Olho