Na madrugada desta quarta-feira (22), o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) em operação conjunta com o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil e Secretaria de Justiça realizaram a prisão de um homem identificado como Iranilson Pereira, envolvido na morte do major Mayron Moura Soares, comandante do 1º batalhão da Polícia Militar (BPM). O acusado foi preso em sua residência com a moto utilizada no latrocínio. De acordo com a polícia, ele era o piloto da motocicleta e usava uma tornozeleira eletrônica.
Segundo ele, foi possível ouvir dois tiros após o latrocínio. “A motocicleta é minha, eu comprei em um leilão. Já respondo por furto na polícia. A gente não sabia que ele era militar, nem planejamos nada. A gente já tinha feito outro assalto antes, então vimos ele e outro rapaz com o celular, na hora que garupa viu o celular ele pediu para voltar e irmos até lá. O que andava comigo só conheço como Candomblé, ele morava em Altos, veio para Teresina hoje, aí fomos assaltar depois que eu sai do serviço. Quem atirou foi o garupa, eu estava pilotando, ele pediu o celular e depois escutei dois disparos. Ouvir falar que o major reagiu quando o rapaz montou na moto, mas eu não vi, nem olhei para trás”, declarou ele.
O segundo acusado trata-se de Alisson Candomblé. As diligências continuam no sentido de capturá-lo.
O chefe da Seção de Comunicação Social da Polícia Militar (BPM), coronel John Feitosa, afirmou que é um momento de tristeza para toda a corporação. “O major mayron era um oficial responsável, zeloso, deixa o irmão major Iran comandando a Ciptran e estamos desolados. No instante em que ele aguardava a filha que vinha do colégio foi vitimado de forma covarde. Todos os órgãos de segurança estão diligenciando para que possa localizar o outro elemento e vamos pedir a Deus força para que a gente possa continuar exercendo nossa atividade e cumprir a nossa missão”, declarou.
Sobre um possível rastreamento no celular da vítima, o coronel afirmou. “Imediatamente quando tomamos conhecimento da subtração do aparelho foram adotadas as providencias necessárias para que não houvesse nenhum tipo de rastreamento da polícia, a policia agiu rápido para buscar a dor da família e nossa dor. É para isso que nós estamos trabalhando, não podemos deixar essa situação impune, o Estado foi atingido de forma forte, grave, ocorre a banalização da prática criminosa e agora vamos trabalhar para que ele continue preso”, disse.
O comandante geral da polícia militar, coronel Carlos Augusto, declarou em depoimento emocionado que perdeu um grande amigo. “Esse é um momento de muita dor, nós saímos das nossas casas todos os dias, colocamos uma arma na cintura para defender outras pessoas. Eu perdi um grande amigo, um grande colaborador. Quero dizer a sociedade que nós cumprimos essa missão todos os dias, perder o major da forma covarde nos faz muitas vezes repensar a questão do nosso país, porque quem o assassinou foi preso recentemente, o outro tem várias passagens inclusive por homicídio, ontem a noite mesmo na dor a polícia continuou combatendo ocorrências, realizando prisões. Nós prendemos e prendemos muito, depois da prisão tem vários passos e nós prendermos pessoas 10, 15, 20 vezes mostra que tem algo muito errado no sistema de segurança pública, é algo que nos frusta bastante”, desabafou.
Fonte: www.meionorte.com