Pelo menos 500 funcionários foram demitidos da Itapissuma, produtora do cimento Nassau, instalada no município de Fronteiras do Piauí. Nesta segunda-feira (06/03) a fábrica fechou as portas, suspendendo suas atividades temporariamente. Em comunicado, a empresa afirma que a crise econômica afetou seriamente o ramo da construção civil, acarretando queda de até 80% nas vendas de cimento, o que inviabiliza o seu funcionamento.
“Acreditamos que crises econômicas fazem parte da economia de todo e qualquer pais, em especial de um país ainda por amadurecer política e socialmente, bem como que as crises podem e devem ser superadas com a participação de todos”, explica o aviso que convocava os funcionários para que recebessem no dia de hoje comunicação de dispensa.
Em sites da região, muitos trabalhadores demitidos deram depoimentos afirmando estarem desesperados com a situação, já que muitas famílias dependiam do emprego na fábrica, e sequer sabem se o negócio voltará a funcionar. Para quem revende cimento, a preocupação é com o aumento no preço do produto.
Apesar do choque aos trabalhadores, a notícia já era aguardada. Há pelo menos três meses a empresa já não mais conseguia honrar os compromissos com os funcionários. Em meados de fevereiro os operários cruzaram os braços diante da situação.
A fábrica chegou a ser considerada uma das mais importantes do Nordeste e aproximou o PIB do município de Fronteiras à média nacional, atingindo o terceiro melhor patamar no Piauí. Pertencente ao Grupo João Santos, a fábrica foi montada na zona rural de Fronteiras, no limite com o município de Pio IX, próxima à localidade Quixaba, onde foi encontrada uma das maiores e melhores jazidas de mármore do mundo.
O presidente do Sesi João Henrique Sousa comentou sobre o fechamento da fábrica em entrevista ao programa Jornal do Piauí, e culpou a administração do PT pela crise que acabou levando a empresa à medida extrema. “Um fato triste. É resultado do desmando do PT ao longo do tempo”, disse.
Fonte: www.180graus.com