Após um ano do terror vivido pela população piracuruquense, muita coisa mudou na segurança pública da cidade, o portal PIRACURUCA AO VIVO foi ao encontro do Sub-Tenente F. Alves, que foi um dos reféns da quadrilha e conta a realidade do setor.
10 de março de 2016, por volta das 14:30h, uma tarde que nunca será esquecida pelos piracuruquenses, uma fragilidade no sistema de segurança pública que ficou evidente para todo Estado. Delegacia de Polícia e um grupamento Militar com cerca de 3 pm's, funcionando no mesmo prédio, onde dividia o espaço com elementos detidos acusados de diversos crimes, viatura enguiçada, uma precária situação que favoreceu a ação da quadrilha, que veio fortemente armada e munida de informações da deficiente segurança local.
165 dias após a marcante ocorrência, no dia 22 de agosto de 2016, a tão sonhada Companhia de Polícia Militar foi instalada e inaugurada em Piracuruca, hoje com efetivo de 35 pm's, um prédio central bem localizado, 2 viaturas, 2 moto patrulhamento e um fortíssimo arsenal, segurança restabelecida e a cidade voltando a respirar tranquilidade.
Um dos principais personagens desta retrospectiva, na época sargento, após 1 ano de toda essa transformação, hoje o Sub-Tenente F. Alves fala da realidade da segurança no município.
"Há um ano atrás estávamos sendo colocados a prova, mediante a ação da quadrilha fortemente armada em Piracuruca, que veio assaltar a agência do Banco do Brasil, onde eu e outros policiais fomos feito reféns e o soldado Tiago "Baiano" foi alvejado com um tiro na cabeça, graças a Deus não houve vítimas fatais, apenas lesão psicológica. Um ano após tudo aquilo, a situação da segurança pública de Piracuruca hoje é completamente diferente, haja vista a sensibilidade e o compromisso do Coronel Carlos Augusto, que prontamente nos apoiou e anunciou a instalação desta companhia. Hoje temos nosso Quartel muito bem localizado na cidade, com o efetivo prometido e conseguimos trazer de volta a tão sonhada segurança a Piracuruca".
"Quando entramos na PM, sabemos que a qualquer hora podemos ser colocados à prova, por isso passamos por cursos de formação e um treinamento rigoroso. Hoje me sinto mais preparado, completei 31 anos de polícia militar e continuo firme no propósito de levar a segurança pública para a sociedade e ainda me sinto muito útil aqui no quartel, trabalho no administrativo, no ostensivo e costumo conversar com os policiais recém formados, assim como o comandante capitão Alexandre e o sub-comandante Tenente Gilson, passando um pouco de nossa experiência e tentando preparar a nova tropa psicologicamente para o papel do policial, que não é um serviço fácil, que requer muita atenção, para não ser pego de surpresa pela bandidagem. Hoje com a sensibilidade do Coronel, do Secretário de Segurança, do Governador, a segurança em Piracuruca agora é uma realidade, a Companhia foi instalada, estamos trabalhando e já dá para sentir que a situação agora é outra", finalizou o Sub-Tenente F. Alves.