A Vigilância Sanitária de Iguatu (VSI) recomendou a suspensão da pesca e venda de peixes do Rio Jaguaribe, na localidade de Oixá, em Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará. No início desta semana, peixes vivos da espécie curimatã foram encontrados infestados de larvas. A Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) também acompanham o caso.
Dois peixes infestados foram enviados nesta quinta-feira (30/03), para análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen), em Fortaleza, com o objetivo de identificar as causas do problema. Coletas da água do Rio Jaguaribe foram encaminhadas para a unidade do Lacen em Icó. O laudo sobre as amostras é liberado 24h após avaliação, entretanto, o Laboratório ainda não recebeu o material.
De acordo com o chefe da VSI, Samuel Bezerra, enquanto não sai o laudo do Lacen, a recomendação é que a comunidade não consuma os peixes da região. O coordenador disse que a Vigilância tem orientado os moradores em relação a uma possível infestação. "Nós pedimos em caráter de urgência para o Lacen dar o laudo sobre o material até a próxima semana", comentou ele.
A coleta do material foi realizada por uma equipe da Cogerh. Os profissionais entregaram amostras de quatro peixes infestados e da água do Rio à Vigilância do município. Conforme Samuel Bezerra, não houve, até o momento, registro de entrada de pacientes no hospital da região com problemas relacionados ao consumo do curimatã da região.
Segundo o coordenador de Ordenamento e Fiscalização da Seapa, Oswaldo Segundo, ainda não é possível saber o que ocasionou a infecção nos peixes da espécie curimatã. Caso o Lacen não consiga identificar as causas do problema, as amostras podem ser enviadas para laboratórios no Rio de Janeiro ou no Amazonas, afirmou Oswaldo.
"Não é uma coisa inusitada. É possível isso acontecer dependendo da substância que (o peixe) tenha comido, pode estar se alimentando numa água em ambiente contaminado. Como o reservatório está baixo, pode ter acontecido algo pontual. Mas ainda não temos ideia da magnitude porque não temos o resultado (do laudo), tem que analisar", comentou Oswaldo.
Fonte: www.opovo.com.br