O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nesta quinta-feira as gravações feitas pelo empresário Joesley Batistas, um dos donos da JBS, e apresentadas como parte da sua delação premiada. Os aqrquivos de áudio foram enviados ao presidente Michel Temer e depois divulgados para a imprensa.
Em uma das gravações, o presidente aparece dando aval para o pagamento de propina ao deputado cassado Eduardo Cunha em troca do silêncio dele. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.
Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".
As delações premiadas de Joesley e Wesley Batista já foram homologadas pelo ministro do STF Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, o que dá validade jurídica ao acordo e permite novas investigações com base nos relatos.
Além de documentos, há gravações e vídeos feitos pelos delatores e também pela Polícia Federal no caso.
Diante da intensa repercussão do assunto, o presidente Michel Temer fez um pronunciamento nesta quarta no qual declarou que não renunciará ao cargo.
Com base nas delações dos empresários, Fachin autorizou a abertura de um inquérito para investigar o presidente.
Transcrição
Joesley Batista: Queria te ouvir um pouco, presidente. Como tá nessa situação toda, Eduardo, não sei o que, Lava Jato.
Michel Temer: O Eduardo resolveu me fustigar. Você viu que... Eu não tenho nada a ver com a defesa. O Moro indeferiu 21 perguntas dele, eu não tenho nada a ver com a defesa dele. Eu não fiz nada [inaudível].
Joesley: Eu queria falar assim. Dentro do possível, eu fiz o máximo que deu ali, zerei tudo, o que tinha de alguma pendência daqui para ali, zerou tudo. E ele foi firme em cima e já estava lá, veio, cobrou, tal, tal, tal. Pronto. Acelerei o passo e tirei da fila. O único companheiro dele que está aqui, porque o Geddel sempre estava [inaudível] Geddel é que andava sempre ali, mas o Geddel eu perdi o contato, porque ele está investigado e eu não posso encontrar ele. [...] O que que eu mais [...] O negócio dos vazamentos, [inaudível] Eu to lá me defendendo. Como é que eu, o que eu mais ou menos consegui fazer até agora. Eu estou de bem com o Eduardo
Temer: Tem que manter isso, viu...
Entenda
As delações premiadas de Joesley e Wesley Batista já foram homologadas pelo ministro do STF Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, o que dá validade jurídica ao acordo e permite novas investigações com base nos relatos.
Além de documentos, há gravações e vídeos feitos pelos delatores e também pela Polícia Federal no caso.
Diante da intensa repercussão do assunto, o presidente Michel Temer fez um pronunciamento nesta quarta no qual declarou que não renunciará ao cargo.
Com base nas delações dos empresários, Fachin autorizou a abertura de um inquérito para investigar o presidente.
Fonte: www.cidadeverde.com