A Copa América tem o tamanho e a importância de... Copa América. Não adianta se empolgar. Não adianta perguntar "E a Copa do Mundo?". A seleção brasileira tinha uma missão em 2019, a Copa América. Foi lá e ganhou. Com méritos. Sem sofrer sustos, sendo o melhor ataque, sem perder, só levando um gol, de pênalti, ganhando todos os prêmios individuais. Cumpriu a missão. E comprou tempo. Para Tite. E para alguns jogadores.
É a terceira Copa América desde o pentacampeonato, em 2002. E o Brasil não ganhou nenhuma outra Copa do Mundo. Porque a Copa América não é garantia de sucesso no Mundial. Todos sabem. Ou deveriam. Mas é muito melhor ganhar do que perder a Copa América. Ainda mais em casa. Ao comprar tempo com esse título, Tite poderá retomar o bom trabalho que fez até chegar à Rússia. Que precisa ser retomado. O técnico sabe disse. Tem autocrítica.
Nessa retomada, Tite terá mais confiança, pois várias de suas decisões deram muito resultado. Daniel Alves de capitão. Gabriel Jesus aberto pela direita. Dar mais espaço para Cebolinha. Há outras para serem tomadas, como a pouca participação de Coutinho ou tirar tudo que Firmino pode dar ao time. E, principalmente, tirar poder de Neymar.
O título da Copa América, que não significa muito para uma torcida e parte da imprensa que só veem valor em um trabalho se vier com o título mundial, dá a Tite a condição de fazer esses ajustes com mais paz. Esse é o valor da Copa América 2019.