De acordo com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Piauí está abaixo da meta estabelecida pela pasta para coleta e inserção de dados na Rede Integrada de Perfis genéticos (RIBPG), um dos critérios na repartição de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública entre os estados, como estabelecido pelo ministério e pelo Colégio Nacional dos Secretários Estaduais de Segurança (Consesp).
O Piauí ainda trabalha para inaugurar seu laboratório de coleta e banco de DNA. Em maio deste ano o secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, esteve em Teresina para uma visita técnica às instalações do Instituto de DNA do estado, no entanto, a previsão é que ele seja integrado ao Banco Nacional de Perfis Genéticos somente em 2020.
Na ocasião, a coordenadora de implantação do instituto e perita criminal, Adilana Gomes, afirmou que menos de 1% casos envolvendo o estudo de materiais genéticos são solucionados anualmente no Piauí. Segundo ela, dos cerca 1.400 casos em que há coleta de material genéticos de vítimas e de suspeitos, apenas 10 chegam a ser solucionados.
Caso não cumpra a meta, o Piauí pode ficar de fora do rateio do recurso federal, estimado em R$ 247 milhões neste ano. Além do banco de DNA, a distribuição obedecerá outros sete critérios estabelecidos pelo Ministério da Justiça, como localização em área de fronteira, o Índice de Criminalidade Violenta (ICV) e indicadores sociais. Cada critério tem um peso.
O secretário de segurança, Fábio Abreu, em nota informou que no primeiro semestre já foi cumprido cerca de 50% da meta estabelecida pelo ministério.