Fonte: terra
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta quinta-feira com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , e o da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, para decidir se as Forças Armadas permanecerão nas ruas do Ceará, depois que policiais militares paralisaram suas funções para reivindicar aumento de salário e outros benefícios. Por causa do motim , que já dura dez dias, o governador do Ceará, Camilo Santana ( PT ), pediu ao presidente para estender o prazo de atuação do Exército, que se encerra nesta sexta-feira.
Após a reunião com Bolsonaro, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse nesta quinta-feira que o presidente ainda não decidiu se ampliará a vigência da operação de Garantia da Lei de Ordem ( GLO ), que autoriza o emprego das Forças Armadas no estado.
As operações de GLO só podem ser decretadas pela Presidência, e são empregadas "em graves situações de perturbação da ordem", quando "há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública", segundo o Ministério da Defesa
O que se sabe sobre o motim no Ceará
• De acordo com o G1, o Ceará registrou 195 homicídios desde o início da paralisação.
• Subiu para 47 o número de policiais presos desde quando o motim começou.
• Desse total, 43 foram presos por deserção, ou seja, abandono do serviço militar; três foram presos por participar de motim; e um foi preso por queimar um carro particular.
• A paralisação começou no último dia 18, quando homens encapuzados que se autointitulavam agentes das forças de segurança invadiram quarteis e depredaram viaturas.
• Três PMs foram presos em Fortaleza por cercar um carro da Polícia e esvaziar os pneus.
• Os amotinados protestam por aumento salarial.
• A oferta feita pelo governador Camilo Santana, em tentativa de negociação, desagradou a parte do corpo de PMs do estado.