Fonte: GP1
O jornalista emocionou os presentes ao dizer que todos os dias tem vontade de cometer suicídio, já que mesmo depois de quase quatro anos ainda sofre diariamente as consequências do acidente.
“Sou um potencial suicida”, disse o jornalista Jader Damasceno em seu depoimento no julgamento de Moaci Moura da Silva Júnior, acusado de causar o acidente que matou os irmãos Francisco das Chagas Júnior e Bruno Queiroz em junho de 2016. Jader foi o único sobrevivente dentre os ocupantes do veículo que estavam os produtores do coletivo Salve Rainha.
O jornalista emocionou os presentes ao dizer que todos os dias tem vontade de cometer suicídio, já que mesmo depois de quase quatro anos ainda sofre diariamente as consequências do acidente.
“Todo dia tenho vontade de me matar. É muito absurdo estar me submetendo a isso, submeter meu pai e minha mãe, que estão ali atrás a ter que passar por isso, mas convivo com isso de uma forma intensa, diária. Eu sofro todo dia esse crime. Se em algum momento alguém olhar para mim e me chamar de estragado, porque já fui chamado de estragado, de deficiente, de problemático, alguém sabe de onde veio [do acidente]”, disse em depoimento.
O julgamento acontece nesta quarta-feira (4) na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina.
Entenda o caso
Moaci Moura da Silva Júnior é acusado de provocar uma colisão, em junho de 2016 em Teresina, que matou os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, idealizadores do coletivo Salve Rainha, e de ferir gravemente o jornalista Jader Damasceno. Os desembargadores Sebastião Martins, Pedro Macedo e Eulália Teixeira decidiram negar o recurso e mantiveram a decisão do juiz Antônio Reis Nolêto, de submeter Moaci ao julgamento no Tribunal do Júri.
Os advogados de Moaci tentaram pedir a desclassificação do crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, para homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A mudança no tipo de crime esquivaria Moaci do julgamento pelo Tribunal Popular do Júri.