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Wilson Brandão lamenta politização na escolha do novo ministro da Saúde

domingo, 17 de maio de 2020



Durante entrevista ao GP1 neste domingo (17), o secretário Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper) do Piauí, deputado estadual licenciado, Wilson Brandão(Progressistas), analisou os reflexos para o Brasil da saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde. Na avaliação do secretário, é preocupante a politização que vem ocorrendo na escolha do novo ministro para a pasta.

Na análise de Brandão, todo esse impasse acaba provocando um sentimento de insegurança no povo brasileiro, sobretudo, nesse momento de crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

“Vemos tudo isso com preocupação porque no momento desta grave crise, não pode haver instabilidade no comando do Ministério da Saúde. Na realidade, o presidente Bolsonaro quer um ministro que reze na cartilha dele, principalmente no que diz respeito ao uso da cloroquina. Preocupa a politização na escolha do novo ministro, em detrimento da ciência. Isso tudo gera uma grande insegurança para a população brasileira”, lamentou o deputado estadual.

Entenda

O ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo no Governo de Jair Bolsonaro(sem partido) na última sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Em nota divulgada, o ministério informou que ele pediu demissão. Teich tomou posse em 17 de abril no lugar de Luiz Henrique Mandetta, que saiu do Governo Federal após impasses com o presidente Bolsonaro. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19).

Da mesma forma que Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus. Enquanto o presidente quer seguir o isolamento vertical, os dois ex-ministros pretendiam realizar o isolamento horizontal. Nos últimos dias Bolsonaro e Teich tiveram desentendimentos sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, pois o presidente quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento.

Teich também não foi levado em consideração quando foi assinado o decreto que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica.
[Gp1]