Ivan Freire, de 24 anos, filho de um juiz, e que havia sido preso na Operação Suíça Verde, deflagrada no último dia 9 de abril, sob acusação de tráfico de drogas sintéticas, foi novamente alvo dos policiais do Departamento de Prevenção e Repressão a Entorpecentes – DEPRE, durante a Operação Conexão Artificial, ocorrida nesta quinta-feira (22) em Teresina e nas cidades de Piripiri, Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia. Ele já estava detido no sistema penitenciário e foi alvo de mandado por associação para o tráfico de drogas.
Em entrevista ao GP1, o delegado Eduardo Aquino informou que ao longo de um ano de investigações, que resultaram nas prisões de suspeitos responsáveis pelo tráfico de entorpecentes de alto poder de mercado, foi apontado que vários deles possuíam ligações entre si e, juntos, operavam associação para o tráfico de drogas no estado do Piauí, destes, oito deles acabaram caindo nas mãos da DEPRE durante o cumprimento de oito mandados de prisão preventiva.
“Depois das prisões de alguns alvos, eles foram soltos por habeas corpus e agora, com todos os dados da investigação, foram verificadas ligações de celulares em que todos esses indivíduos estão conectados e estão em associação para o tráfico. Com novos fatos, pedimos mais prisões na Justiça. Com a operação deflagrada hoje, prendemos um acusado em Parnaíba, que estava com grande quantidade de Skank, e esse entorpecente, em algumas vezes, foram encontrados em recipientes semelhantes em outros alvos e isso comprova ligações entre os presos”, destacou.
Ainda de acordo com o delegado, o filho do juiz que tinha sido preso com equipamentos de produção de drogas sintéticas e com grande número de entorpecentes, no dia 09 de abril, na cidade de Piripiri, acabou sendo alvo de um mandado de prisão por crime de associação para o tráfico.
Segundo as investigações, Ivan Freire se aproveitava de uma decisão da Justiça Federal para cultivar maconha para uso medicinal, porém, foi apontado que além de produzir, ele também estava comercializando drogas sintéticas em grande quantidade, o que não é legal.
A exemplo de Ivan Freire, uma francesa também foi alvo da Operação “Conexão Artificial” deflagrada nesta manhã. Ela já tinha sido presa pela DEPRE neste mês na zona leste de Teresina e bem como os demais alvos, fazia parte do ciclo de comercialização dos entorpecentes com alto valor de mercado, a partir da capital do Piauí, mas com conexões em municípios da região norte do Estado.
“Ela tinha sido liberada ontem, mas hoje, na operação, voltamos a prender pessoas que estão envolvidas no tráfico de drogas sintéticas no Piauí, em Teresina e cidades do interior e litoral piauiense”.
O delegado Eduardo Aquino reforçou que em razão de outras prisões ocorridas no decorrer dos últimos 12 meses, foi possível encaixar cada alvo no seu devido lugar, apontando a relação entre eles, que culminou com a Operação “Conexão Artificial”.
“Durante nossas diligências da operação foram realizados dez flagrantes e a cada prisão, os elementos apareciam mais e iam se conciliando. Aqui em Teresina as prisões foram principalmente na zona leste e essas drogas encontradas são de alto valor aquisitivo, que circula nas classes mais altas da sociedade”, ressaltou.
Operação Conexão Artificial
De acordo com o coordenador da DEPRE, delegado Luciano Alcântara, os suspeitos tinham envolvimento direto com a produção e comercialização de drogas como Ecstasy, MD (metanfetamina), Haxixe, Crumble e Skunk. Alguns presos já foram alvos de operação da Depre nos últimos meses.
“Essas pessoas estão associadas para o crime de tráfico de drogas sintéticas e semissintéticas, que são produzidas de forma artificial. Após doze meses de investigação, fazendo prisões de várias pessoas relacionadas a comercialização de drogas sintéticas na capital, foi feito um trabalho de investigação aprofundado para se chegar a um grupo que atuava com venda desse tipo de droga em Teresina. Até o final da manhã já devemos ter o resultado final da operação, mas até o momento já é bem exitosa, tendo em vista que os principais alvos já foram presos", disse o delegado.
Delegado Luciano Alcântara
Segundo a Polícia Civil, a operação foi denominada de Conexão Artificial porque durante as investigações, foi verificado entre os investigados a associação/conexão para o tráfico de drogas modificadas artificialmente, ou seja, sintéticas. (Gp1)