O alerta foi feito nesta terça-feira (25) pela coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa. Ela explica que testes rápidos não detectam variantes.
"O RT-PCR é o exame essencial para que se faça uma avaliação de provavelmente detecção de uma variante. Os exames de testes rápidos, seja ele de anticorpo ou antígeno, aquele que se colhe no nariz, ele não dá pra fazer o exame de sequenciamento. Aquele exame é para ver as pessoas que estão positivas. Se positiva, é preciso migrar para a unidade de saúde para colher material e encaminhar para o Lacen”, afirma.
O material colhido pelo Lacen é encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, na Bahia. É lá onde é feito o sequenciamento do vírus. “O Lacen recebe a amostra, acondiciona, e manda para que seja processado em Salvador”, destaca.
No Piauí não foi detectada a presença da variante indiana, porém, já circulam pelo estado as variantes P1, P2 e a N9, consideradas preocupantes pelo poder de transmissibilidade acarretando em casos mais graves da doença.
A especialista ressalta que é importante seguir com os sequenciamentos, e quanto mais deles forem feitos, mais detalhes se terá sobre o vírus. “Além de poder identificar as mutações, sequenciar esse material permite ter mais conhecimento sobre as rotas de circulação do vírus e assim fazer ações mais efetivas de prevenção”, pontua a coordenadora.
Cuidados devem ser redobrados
Com as variantes circulando e uma das mais letais detectada em um estado vizinho, a coordenadora alerta para que os cuidados sejam redobrados pela população. “Temos que manter o nosso cuidado com uso de máscara, mesmo os vacinados. O cuidado é redobrado por conta da situação que estamos vivendo por termos estados vizinhos com novas variantes”, diz Amélia.
Fonte: Cidade Verde