Todo mundo conhece a lei da oferta e da demanda. Quanto mais demanda há por um produto, mais o seu preço tende a aumentar. Depois de mais de um ano de demanda de viagens muito aquém do normal (e, por consequência, preços mais baixos nas passagens aéreas), o setor começa a dar sinais de recuperação, impulsionada pelo avanço da vacinação no Brasil.
Mas, dessa vez, junto com o aumento da demanda, a oferta também aumentou: se no pré-pandemia tínhamos apenas três companhias aéreas nacionais operando por aqui, hoje são quatro: Azul, Gol, Latam e ITA, do Grupo Itapemirim , lançada na segunda metade de maio de 2021.
Com o aumento da tendência pelas rotas nacionais, a tendência é que o preço também fique mais competitiva. O buscador de voos Viajala.com.br fez um estudo comparativo entre os preços praticados pelas companhias aéreas nacionais Azul, Gol e Latam em algumas rotas que a Ita também começou a operar, logo após o lançamento da venda de passagens da nova companhia.
O levantamento leva em conta as médias de preços encontradas pelos usuários do Viajala em buscas feitas no período entre 15 de junho e 15 de julho de 2021.
Segundo a análise, uma apresentação de GOL queda de preço de até 28% em 3 das 4 rotas analisadas. A AZUL apresentados preços até 17% mais baixos também em 3 das 4 rotas do estudo. A LATAM apresentação de queda de preço de 9% em 1 das 4 rotas observadas.
“Essas quedas de preço médio são curiosas se considerarmos o timing, que é de retomada das viagens no Brasil” , pondera Josian Chevallier, VP de vendas e cofundador do Viajala. “Os viajantes estão se sentindo mais confiantes e a demanda por viagens tem aumentado constantemente, o que elevaria o preço, em um movimento natural.”
Para o especialista, é possível que essas quedas tenham relação com a chegada da nova companhia aérea.
“Não podemos afirmar com certeza, já que muitos são os fatores que influenciam no preço das passagens aéreas, mas tem sentido que o preço de uma rota específica seja mais específica quando mais companhias passam a operá-la”.
Uma das razões que faz Chevallier creditar a queda de preço ao fomento da competição no mercado aéreo nacional é o fato de que, sem a Itapemirim, essas mudanças tiveram de aumento de preço de até 137% entre a segunda quinzena de maio e a primeira de junho , em relação ao mesmo período anterior (entre dados de abril, pico da pandemia, e a primeira metade de maio).
“Os preços vinham em uma tendência de alta e tiveram essa queda no valor médio justo no momento em que a vacinação mais avançou” , aponta.
Desde a quebra da Avianca, no primeiro semestre de 2019, até o lançamento da Ita, em junho de 2021, o Brasil ficou com apenas três companhias aéreas nacionais. A queda da queda causou um aumento quase instantâneo no preço médio das passagens.
Na ocasião, o Viajala fez um levantamento para diagnosticar esse aumento e apontou que 85% das rotas de aumento de preço médio assim que a quebra da Avianca foi anunciada.
As passagens nas rotas analisadas em 11% a 218% mais caras. Em 22% dos casos, o aumento foi de mais de 100% sem valor praticado.
“Os preços das passagens aéreas caíram muito durante uma pandemia, mas devem subir consistentemente a meses de retomada. Mais desviados no mercado nacional de voos é uma esperança de viagens mais baratas quando tudo isso passar ” , conclui o executivo do Viajala .