O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar nesta terça-feira (20) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo negou estar fazendo campanha política, mas criticou os governos petistas. Para apoiadores, Bolsonaro minimizou pesquisa de intenção de voto e afirmou “tomar cachaça” é o que Lula sabe fazer.
“O que ele sabe fazer é tomar cachaça”, diz Bolsonaro sobre ex-presidente Lula.
“O cara não consegue ir no botequim tomar uma cachaça, que é o que ele sabe fazer, sem ser vaiado. Não consegue fazer uma ‘jegueata’ na vida e estão dizendo que está bem nas pesquisas“, disse para apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Mais cedo, Lula chamou o presidente de “estúpido” e disse que “o povo vai empossar o presidente eleito em 2022″. Pesquisa PoderData, divulgada em 7 de julho, mostrou que Lula abriu sua maior vantagem (43%) contra Bolsonaro (29%) em uma possível disputa em 2022.
“[É] aquela máxima de esquerda: ganha a eleição não é quem vota é quem conta os votos. É o que está em andamento para o ano que vem. Não podemos admitir umas eleições suspeitas como já tivemos em 2014, tivemos em 2018. Não tem cabimento eu não ter ganho do primeiro turno em 2018, não tem cabimento“, declarou.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Bolsonaro afirmou que apresentará na semana que vem provas de fraudes no segundo turno de 2014. Para os apoiadores, Bolsonaro listou críticas aos governos petistas, em especial na área da Educação. “Eu não entendo -não estou aqui fazendo campanha política- o que que o Lula e a Dilma fizeram contra o Brasil, o pessoal já esqueceu tudo o que aconteceu?“, questionou.
O presidente citou ainda que Lula tem prometido retirar o acesso a armas de fogo pela população, o contrário do que o chefe do Executivo defende. Bolsonaro repetiu que ele próprio dorme com “uma arma do lado“.
“Ele [Lula está] falando abertamente que ele vai retirar arma do povo, eu estou dando arma para o povo porque povo armado é o povo que não vai ser escravizado nunca. As ditaduras são precedidas de desarmamento. Eu faço exatamente o contrário, quem não quer ter arma que não tenha“, disse.
O presidente também voltou a dizer que vetará o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
