A vereadora Nayla Barbosa (PP) ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piripiri na última sessão ordinária do parlamento municipal e se expressou sobre o seu posicionamento político a partir de agora. Em tom de desabafo, ela falou sobre as perspectivas de futuro.
Renovação política
De acordo com a parlamentar, o momento é de renovação e reconstrução política. “Estou muito madura hoje eu posso dizer que eu estou no auge da cidadã, da mulher, que vai exercer realmente uma política nova, porque cresci no meio da política, mas a política do meu pai, da minha família, de um grupo e que eu sempre aprendi respeitar”, disse a vereadora.
Relação de família
Nayla Barbosa é filha do ex-vereador e liderança política, Francisco das Chagas Mendes Barbosa (Paco-paco), que historicamente esteve ligado ao grupo do ex-prefeito Luiz Menezes. “Meu pai teve a história dele e eu estou tendo a minha, ele me respeita, me deixa fazer como eu quero. Todo mundo em Piripiri é consciente disso, das minhas escolhas. Ele gosta muito de trabalhar, mas sempre que pode ele me diz como o que ele acha, o que ele pensa. Nunca meu pai me proibiu de nada, porque ele sempre confiou nas minhas responsabilidades, desde criança. Isso me deu total abertura para poder me reconstruir e hoje eu estou me reconstruindo e uma posição eu tenho: não faço mais parte do grupo Luiz Menezes, não votarei e não voto no deputado Marden Menezes. Falo isso como um ciclo fechado, de algo que ficou pra trás. Então é um novo tempo, novo tempo para a Nayla, por tudo que eu passei não só nessa eleição, na qual eu fui muito ofendida, na qual trabalharam pra que eu não me elegesse”, desabafou.
Segundo a vereadora, várias situações colaboram para o seu atual posicionamento. “Então foi algo que eu venho observando desde a época em que ganhamos aquela eleição, por duzentos e vinte e sete votos, quando o ex-prefeito Odival apoiava a Jôve Oliveira (atual prefeita de Piripiri), mas que o Luiz Menezes ganhou. Eu fui oposição, passei quatro anos na oposição de Piripiri Junto com o Muriel (Queiroz), junto com o doutor Luiz Pereira e com o Domingão. Fiz meu papel. Quando terminou a eleição, não sei se eles já tinham esse costume, mas estava completamente por fora de tudo. Eu estava muito imatura e fui convidada apenas a votar no vereador Domingão para ser o presidente da câmara. Não era eu, certo? Tudo bem! Eu fui tentar conversar, vamos resolver as coisas, nada! Não é questão de imposição, mas eu tenho que ver como seria uma nova gestão do doutor Luiz, eu totalmente por fora de tudo”, relatou Nayla Barbosa.
Presidência da câmara
A parlamentar disse que ao vencer a eleição para a presidência da câmara, se voltou completamente para o legislativo e praticamente não fez parte da gestão do ex-prefeito. “A Câmara é um poder independente, mas todas as ferramentas que o ex-prefeito podia ter pra fazer um bom mandato, ele teve, inclusive por parte dos vereadores de oposição. Fiz dois anos de mandato, consegui me reeleger, mesmo o gestor não querendo. É dessa linhagem de tudo que eu passei, que estou me reconstruindo e tomando essa posição”, lembrou.
Futuro político
Nayla Barbosa disse também que tem observado o esforço feito pela prefeita Jôve Oliveira no mandato. “Venho observando o esforço da prefeita, de domingo a domingo, acho isso muito importante, ela em contato com o povo humilde. Acho que os poderes, principalmente o executivo, tem que atender as pessoas mais humildes, e isso ela observa e acho isso muito interessante”, expressou.
Segundo a vereadora, mesmo com a avalanche de notícias falsas, caluniosas, nenhum dos principais líderes da oposição da época (Jôve Oliveira e Genival Sales) a procurou para fazer proposta ilegal. “O presidente Genival me ligou como amigo para saber se eu estava bem, se eu aguentaria aquela onda. Isso, pós eleição, trouxe um laço maior”, declarou.
A vereadora também relatou que o deputado Marden Menezes moveu processo para que ela perdesse o mandato. “Isso é ridículo! É injusto. Ingratidão, perseguição. Eu me valorizo muito”, disse.
Nayla finalizou dizendo que pede respeito pelas mulheres na política e disse que a tendência de futuro é a sua aproximação com o presidente da Agespisa Genival Sales. “Na janela do próximo ano, vou tomar uma decisão”, finalizou.
Fonte: Portal Sem Fronteira
