O site do Banco Central (BC) está fora do ar desde a noite
de ontem, segunda-feira (24/01), após a divulgação do serviço “Valores a Receber”. O
sistema permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro
"esquecido" a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
A estimativa divulgada pelo BC é de que R$ 8 bilhões estão disponíveis para
retirada.
Nas redes sociais, as primeiras reclamações da queda do site surgiram na internet por volta das 21 horas. Com o site funcionando, é possível consultar se há algum valor disponível para retirada por meio da página "Minha Vida Financeira", dentro do site do BC, usando o CPF ou CNPJ da empresa. "Em algumas situações, os saldos a receber podem ser de pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma simples e ágil para receber esses valores", afirmou o BC nesta segunda-feira, em nota.
Para receber a quantia, as pessoas poderão solicitar
transferência via Pix no Registrato, sistema do BC em que a população pode
consultar informações financeiras como empréstimos em seu nome, dívidas com
órgãos públicos, entre outras. A outra alternativa é informar os dados de
contato no Registrato e, em seguida, a instituição financeira deve informar o
meio de pagamento ou transferência. Como vai funcionar A consulta e devolução
de valores estão divididas em duas fases.
Na primeira etapa, já disponível, são cerca de R$ 3,9
bilhões de valores a serem devolvidos, com recursos de conta corrente ou
poupança encerradas com saldo disponível, além de tarifas, parcelas ou
obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente (com
devolução prevista em Termo de Compromisso do banco com o BC). Também estão
incluídos nessa fase cotas de capital e rateio de sobras líquidas de
beneficiários e participantes de cooperativas de crédito, assim como recursos
não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados. O BC prevê que a
segunda fase deve ser iniciada ainda no primeiro semestre de 2022.
Nessa etapa, estarão disponíveis recursos de: tarifas e
parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente,
previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC; contas de pagamento pré-paga
e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por
corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo
disponível; entre outros.
Fonte: Meio Norte