Em entrevista ao A10+, Kedma relembrou do início dos ataques russo e as inúmeras tentativas em deixar o país e retornar ao Brasil com segurança ao lado das colegas de time.
“Foi tudo muito estranho, porque eu só tinha visto essas coisas em filmes e de repente estava acontecendo do meu lado. No primeiro dia dos ataques, nós estávamos hospedadas em um hotel que ficava do lado de uma base militar que foi bombardeada, a gente escutou tudo, o prédio tremeu inteiro”, descreveu.
Segundo Kedma, ela e as outras jogadoras não receberam o devido suporte da embaixada e conseguiram deixar a Ucrânia com a ajuda de voluntárias.
“A gente mantinha contato com a embaixada, e eles falavam que iam nos auxiliar, porém eles não nos deram suporte de fato. Quem nos ajudou foi as voluntárias da frente Brazul, elas nos levaram para a Polônia, e depois pegamos um avião pra Alemanha e da Alemanha pra São Paulo”, explicou.
Ainda de acordo com a atleta, a sensação de retornar ao Piauí foi de alívio e gratidão. “Depois de tudo isso foi um sentimento de alivio e gratidão a Deus por ter voltado pra casa , nos braços da minha família e amigos, só tenho a agradecer”, contou.
Questionada pelo A10+ se vai continuar em Teresina, a piauiense narrou que vai aguardar o fim da guerra para tomar uma decisão, mas a princípio ela ficará com a família e amigos na capital.
Entenda o caso
A invasão da Rússia na Ucrânia tem provocado estragos irreparáveis e mortes desde a madrugada do dia 24 de fevereiro. É o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra Mundial. O clima é de insegurança e incerteza, principalmente para os moradores que vivem na região.