O novo levantamento foi feito entre sábado (22) e nesta segunda, e os resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo o Ipec, a pesquisa mostra uma estabilidade da disputa.
- Lula (PT): 50%
- Bolsonaro (PL): 43%
- Branco e nulo: 5%
- Não sabem/não responderam: 2%
Na pesquisa anterior do Ipec, divulgada dia 14 de outubro, os resultados foram iguais: Lula tinha 50%; Bolsonaro, 43%. Havia 5% de brancos e 2% de nulos.
Votos válidos
Se a eleição fosse hoje, Lula teria 54% dos votos válidos, e Bolsonaro, 46%. Para calcular os votos válidos, são excluídos os brancos, os nulos e os de eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. No levantamento anterior do Ipec, Lula tinha 54% dos votos válidos; Bolsonaro, 46%.
Este é o quarto levantamento do Ipec após o primeiro turno das eleições. Foram entrevistadas 3.008 pessoas em 183 municípios entre sábado (22) e segunda-feira (24). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-06043/2022.
No primeiro turno, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%). O segundo turno está marcado para 30 de outubro.
Intenção de voto – pesquisa espontânea
Destaques da pesquisa
O levantamento mostra que Lula se destaca entre eleitores de 16 a 24 anos (59%). Além disso, vai melhor entre eleitores que:
- Avaliam negativamente o governo Bolsonaro (permanece com 92%);
- moram na região Nordeste (oscilou de 68% para 67%);
- com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (oscilou de 62% para 63%), frente aos que têm renda familiar de mais de mais de 5 salários mínimos (oscila de 36% para 34%);
- são católicos (segue com 56%);
- têm ensino fundamental (passa de 59% para 57%), frente aos que têm ensino médio (tinha 46% e agora tem 49%) e superior (variou de 43% para 42%);
- se autodeclaram como pretos/pardos (oscilou de 55% para 56%), na comparação com quem se autodeclara branco (segue com 43%).
- e moram em domicílio no qual alguém recebe benefícios do governo federal (oscilou de 60% para 59%), na comparação com aqueles que moram em domicílios onde ninguém recebe auxílio do governo (tinha 45% e agora tem 46%)
O levantamento mostra que Bolsonaro se destaca entre moradores do Sudeste (49%). Além disso, vai melhor entre eleitores que:
- avaliam como ótima ou boa a sua gestão (segue com 92%);
- têm renda familiar mensal superior a 5 salários mínimos (segue com 59%), em relação àqueles que têm renda de até 1 salário mínimo (oscilou de 31% para 30%);
- são evangélicos (segue com 60%);
- vivem nas regiões Sul (oscilou de 52% para 53%);
- têm ensino superior (oscilou de 48% para 50%), na comparação com os menos instruídos (oscilou de 34% para 36%);
- se autodeclaram brancos (segue 49%), em relação aos que se autodeclaram pretos/pardos (segue com 38%);
- e os que moram em domicílio no qual ninguém recebe benefícios do governo federal (segue com 46%) na comparação com aqueles moram em domicílios onde alguém recebe tais auxílios (oscilou de 36% para 35%).
Índice de rejeição dos candidatos
A pesquisa Ipec apontou ainda o índice de rejeição dos candidatos. A sondagem mostra que 47% dos eleitores brasileiros não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro (oscilou um ponto para cima em relação ao levantamento anterior), e 41% não votariam de jeito nenhum em Lula –mesmo índice do anterior.
Índice de aprovação do governo
A pesquisa Ipec apontou também os índices de avaliação do atual governo. A sondagem mostra que o presidente Bolsonaro tem 40% de avaliações negativas (ruim ou péssimo) e 36% de avaliações positivas (ótimo ou bom). Os que consideram a gestão regular são 24%.