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No Piauí, Bolsonaro acusa ministro Alexandre de Moraes de favorecer Lula

sábado, 15 de outubro de 2022

 
O presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, de favorecer o candidato Lula (PT) durante a campanha eleitoral. Bolsonaro está em Teresina, hospedado no Hotel de Trânsito Militar, na Frei Serafim e concedeu uma entrevista exclusiva para a TV Cidade Verde e ao portal Cidadeverde.com na manhã deste sábado (15) antes de seguir para evento político no Atlantic City.  Alexandre de Moraes também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Antes de partir para o evento, Bolsonaro recebeu alguns apoiadores e tirou fotos. Um deles foi o Coronel Silva Júnior, militar da reserva, de 70 anos. 

Durante a entrevista, Bolsonaro sugeriu interferências de Alexandre de Moraes, através de decisões do Supremo. Como exemplo, ele citou o embate dos poderes sobre a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o mais recente acerca de investigações em institutos de pesquisa. Para Bolsonaro ao travar o inquérito lançado pelo Ministério da Justiça, o ministro estaria ganhando votos para o adversário ao mostrar a vantagem de Lula nas pesquisas. 

Bolsonaro também negou que, se eleito, pretende aumentar o número das indicações de ministros no STF. Na avaliação do presidente, as indicações no poder estão “equilibradas”. 

“Eles que nos provocam o tempo todo. Uma minoria. De lá para cá não tem nenhuma interferência do Supremo. Inventaram agora que eu vou aumentar até cinco ministros do Supremo. Eu nunca falei isso. Eu tenho dois indicados por mim. Caso reeleito, indico mais dois ano que vem. Passo a ter quatro, o PT cinco, FHC 1 e Temer 1. Está se equilibrando. No momento, o PT tem sete dentro do Supremo. Por isso eles reinterpretando, resolveram zerar a condenação do Lula. Ele não foi absolvido. Ele deixou de ter condenação em duas instâncias”, pontuou. 

O candidato também negou ter alguma vez agido ou feito algo fora da “quatro linhas” para atacar ou interferir no STF. Ele seguiu citando a Carta pela democracia lançada pela Universidade de São Paulo (USP) e sugeriu a ligação dos apoiadores da iniciativa com regimes autoritários. 

“Qual a ameaça? Qual ação minha concreta fora das quatro linhas da Constituição? Nenhuma. Eles assinaram uma cartinha contra a democracia. E gente que assinou essa cartinha pela democracia elogiam regime cubano, Maduro, na Venezuela, Ortega na Nicarágua, onde expulsa padres, freiras e fecha sinais de TV, como a CBN. A minha carta pela democracia é a Constituição Federal. Obviamente, o descontentamento deles é porque eu acabei com harmonia em Brasília, onde um bando de roubava a nação e todos se confraternizavam no final de semana. Não tem mais indicações político-partidária para ministério, estatais. As indicações não vinha apenas do parlamentar. Vinham de outro poder do lado meu. Nós acabamos com isso em nome da moralidade, do respeito para com a população brasileira”, pontuou. 

Maioridade penal 

Bolsonaro também voltou a citar uma de suas promessas ainda da primeira campanha e prometeu reascender o debate sobre a redução da maioridade penal. 

“Uma coisa que pretendo aprovar, caso seja eleito, é a redução da maioridade penal. Não podemos ver menorzão roubando celular e rindo na cara da sociedade. Esse pessoal tem que apodrecer na cadeia. Até porque o celular a pessoa parcela em 12 ou 24 meses para pagar”, disse. 

Segundo o presidente, essa será uma prioridade. Ao comentar sobre a meta, ele citou falas do ex-presidente Lula. “O vagabundo vai lá e rouba, aí vem o outro cara e diz que é para tomar uma cervejinha”, destacou. 

Fonte: Cidade Verde