O ex-governador, em seu primeiro pronunciamento após o anúncio que assumiria a pasta, elencou as "missões" que o presidente lhe repassou, entre elas, a de tirar o Brasil do mapa da fome. Em alguns momentos, o petista chorou e relembrou da sua história.
Em seu discurso, Wellington Dias destacou que a volta do presidente Lula representa a volta do combate à fome e a justiça social para os mais pobres. Além de reforçar que pretende atualizar o Cadastro Único, a base do governo com os dados dos programas sociais e reformular o Bolsa Família. Hoje, há cerca de 90 milhões de pessoas inscritas.
"Eu aceito o compromisso com a assistência social, trabalhar o desenvolvimento, olhar especial para a família, mas a prioridade com o combate a fome, não deixar ninguém para trás… Neste primeiro momento vamos fazer a atualização do cadastro único para mais segurança e eficiência… vamos dar prioridade para quem não preenche os requisitos sair voluntariamente", declarou.
O ministro também comentou que a conclusão do Censo Demográfico 2022, feito pelo IBGE, vai ajudar o governo a fazer um diagnóstico das famílias beneficiárias de programas sociais e assim tornar o programa mais justo e voltado para quem precisa. Dias foi um dos articuladores petistas no Congresso que atuaram pela aprovação da PEC da Transição, que assegurou a continuidade da parcela mensal de R$ 600 do benefício.
O ministro da educação Camilo Filho, que compareceu a solenidade, também elencou outras "missões" que o presidente Lula deu ao seus ministros, nas áreas de saúde, educação e combate a extrema pobreza.
"Wellington foi o nosso líder do Consórcio Nordeste. Era o governador mais experiente. Com quatro mandatos de governador… Para as dificuldades que nós enfrentamos nos últimos quatro anos desse país, que não olhou pra educação, saúde, que não cuidou do povo brasileiro e que agora Wellington você tem uma missão importante de resgatar a dignidade do povo brasileiro, de milhões de brasileiros que estão passando fome nesse país… A sua nobre missão de garantir, como diz o presidente, que todo brasileiro e toda brasileira possa fazer as três refeições por dia. Eu não tenho dúvida Wellington que cumprirá essa nobre missão de resgatar a dignidade, de respeitar a diversidade", destacou.
Outros políticos do Piauí também compareceram como a ex-governadora Regina Sousa, Wilson Martins, Dr. Pessoa, e o governador Rafael Fonteles. Na sexta-feira (30) ele havia anunciado alguns nomes que vão compor o ministério e novamente apresentou os indicados durante seu discurso. Veja quem são:
- Secretário Executivo - Osmar Júnior
- Secretário Executivo Adjunto - Ranniêr Ciríaco
- Secretaria do cadastro único e gestão da informação - Letícia Bartholo
- Secretaria Nacional de Renda e Cidadania - Eliane Aquino
- Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Lilian Rahal
- Secretaria Nacional de Inclusão Sócio Econômica - Luiz Carlos Everton
- Secretaria de Assistência Social - André Quintão
- Secretaria Nacional de Cuidados e Família - Laís Abramo
Saiba quem é
Wellington Dias, 60 anos, é natural de Oeiras, no Piauí. Ele trabalhou como bancário no Banco do Nordeste, no Banco do Estado do Piauí e na Caixa Econômica Federal, além de ter atuado como radialista. Ele foi governador do Piauí por quatro vezes e eleito senador pelo estado nas eleições de 2022. Com a ida dele para o ministério, a vaga no Senado será ocupada pela suplente, Jussara Lima.
Fonte: A10 Mais
