O Brasil vai sediar nesta terça-feira (30) a cúpula dos países da América do Sul. O encontro vai contar com a participação de todos os líderes da região, com exceção da presidente do Peru, Dina Boluarte. Na agenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai propor a criação de um mecanismo de integração sul-americano.
A cúpula vai ter um formato mais reservado, sem grandes interrupções ou delegações. O encontro vai ter duas sessões. Pela manhã, os convidados serão recebidos por Lula e vão fazer discursos de abertura.
No período vespertino, é a vez da conversa mais informal, em formato reduzido, em que cada presidente será acompanhado pelo respectivo chanceler e apenas um ou dois assessores, de acordo com o governo brasileiro. À noite, Lula e a primeira-dama, Rosângela da Silva, oferecem um jantar aos líderes sul-americanos no Palácio da Alvorada.
O objetivo do encontro, de acordo com a Presidência da República, é promover um diálogo franco entre todos para identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reativar a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave, como saúde, mudança do clima, defesa, energia, entre outros pontos.
"A ideia é retomar o diálogo e a cooperação com países sul-americanos. Identificar denominadores comuns. A região dispõe de capacidades que serão chaves no futuro da humanidade, como recursos naturais, água, minérios, área para produção de alimentos. Uma agenda concreta de cooperação pode ser iniciada imediatamente", disse Gisela Figueiredo Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores.
A cúpula é uma iniciativa de Lula. No convite feito aos demais líderes, o petista disse que é "imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas diante do desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social".
Lista de participantes
Deverão participar do encontro os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname), Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela).
Na lista de participantes, a exceção será o Peru. A atual presidente, Dina Boluarte, não pode deixar o país por causa de impedimentos legais internos — a nação vive uma crise política desde a destituição do ex-presidente Pedro Castillo. Em seu lugar, vai vir o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola.
Fonte: A10+